26 de ago. de 2011

Futuro da tecnologia...

Sabe algo revolucionário... pois bem: é o grafeno, que hoje pode ser considerado o material mais forte e impermeável do mundo, cotado como substituto do silício devido a possuir velocidade de condução dezenas de vezes maior, cerca de 60 vezes, e portanto um link para o futuro da tecnologia.
Desde a década de 40 já se ouvia falar acerca dele, mas só veio a ser obtido pela primeira vez em 2004 por Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, ganhando assim o prêmio Nobel de Física em 2010, em que eles conseguiram uma camada única de átomos de carbono arranjados em uma estrutura sp2 cristalina hexagonal parecida com uma colméia de abelha, era o grafeno! 
O grafeno possui excelente movimentação a temperatura ambiente no que diz respeito a navegação de e- sem colisão, o que supera diversos materiais, pois eles perdem essa movimentação quando se aumenta a temperatura; É mais forte do que o diamante e o material mais impermeável que existe, capaz de sustentar até mesmo elementos de baixo peso molecular como o caso do gás hélio, por exemplo. Para a abtenção do grafeno utiliza-se a técnica da fita adesiva, onde se utiliza o grafite para se conseguir as camadas de grafeno por esfoliação, mas ainda é industrialmente inviável.
Na wikipédia pode-se encontrar alguns dados interessantes acerca do grafeno, considerado "bastante abundante e de estrutura significativamente estável e resistente, que pode ser a chave para a produção de transístores de apenas 0,01 micrometro, indo além do limite teórico de 0,02 micrometros, onde os transístores possuiriam apenas dois ou três átomos de espessura e poucas dezenas de átomos de comprimento, aproximando-se dos limites físicos da matéria. Em teoria, um processador, ou até mesmo um circuito integrado, poderia chegar a mais de 500 GHz. O silício, por sua vez, trabalha abaixo de 5 GHz. O uso de grafeno proporcionaria equipamentos cada vez mais compactos, rápidos e eficientes." Acesso: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafeno
Agora imagine aí a potencialidade daqui a poucos anos com relação a tecnologia empregada nos novos computadores, muito mais velozes e sensíveis. Há no Brasil um pesquisador, o Dr. Daniel Elias da UFMG que teve o mais recente trabalho sobre o grafeno publicado na Nature Physics, onde ele demonstrou que a velocidade dos elétrons era altíssima: no primeiro estudo, foi de 1000 km/s, o que é cerca de 60 vezes melhor do que o silício e neste novo trabalho, e essa velocidade poderia triplicar – chegar a três mil quilômetros por segundo. Mas para ter essa velocidade, seria preciso uma qualidade de cristal muito boa.
                                                                                                                                   Raquel Bezerra


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