17 de jun. de 2010

Spurgeon


"Aqueles que mergulham no mar das aflições trazem pérolas raras para cima".

Ó profundidade

"Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois a glória eternamente. Amém!" Rm 11:33,36

Deus é Soberano!!!!! 
Porque dele-Ele é a fonte, a origem de todas as coisas; por meio dEle- tudo subsiste, Ele é o Senhor; para Ele-justifica a razão das coisas criadas, todas as coisas visam o louvor e glória do próprio Deus.

Carlos Drummond de Andrade




"Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força consegue destruir ".

O ateu e o urso (autor desconhecido)

Um ateu estava passeando em um bosque, admirando tudo o que aquele "acidente da evolução" havia criado. "Mas que árvores majestosas! Que poderosos rios! Que belos animais!", lá ia ele dizendo consigo próprio. À medida que caminhava, ao longo do rio, ouvia um ruído nos arbustos atrás de si. Ele virou-se para olhar. Foi então que viu um corpulento urso-pardo caminhando na sua direção. Ele disparou a correr o mais rápido que podia. Olhou, por cima do ombro, e reparou que o urso estava demasiado próximo.Ele aumentou mais a velocidade. Era tanto o seu medo que lágrimas lhe vieram aos olhos. Foi, então, que tropeçou e caiu desamparado. Rolou no chão rapidamente e tentou levantar-se. Só que o urso já estava em cima dele, procurando pegá-lo com a sua forte pata esquerda e, com a outra pata, tentando agredi-lo ferozmente. Nesse preciso momento, o ateu clamou: _ "Oh meu Deus!". Então o tempo parou. O urso ficou sem reação. O bosque mergulhou em silêncio. Até o rio parou de correr. À medida que uma luz clara brilhava, uma voz vinda do céu dizia: _ Tu negaste a minha existência durante todos estes anos, ensinaste a outros que eu não existia, e reduziste a criação a um acidente cósmico. Esperas que eu te ajude a sair desse apuro? Devo eu esperar que tenhas fé em mim?"O ateu olhou diretamente para a luz e disse: _ "Seria hipócrita da minha parte pedir que, de repente, me passes a tratar como um cristão, mas, talvez, possas tornar o urso um cristão?!" _ "Muito bem", disse a voz. A luz foi embora. O rio voltou a correr. E os sons da floresta voltaram. E, então, o urso recolheu as patas, fez uma pausa abaixou a cabeça e falou:"Senhor, abençoe este alimento que agora vou comer. Amém".

vida só temos uma!

Vida só temos uma! "viver é como desenhar sem borracha", não podemos apagar fatos vividos, palavras proferidas, oportunidades perdidas... De fato não é possível escolher as consequências de nossas escolhas, por isso as escolhas que fazemos devem ser pautadas no discernimento que só o Espírito Santo pode dar... Somos livres? Sim, mas essa liberdade só é plena em Jesus Cristo... daí a necessidade de refletirmos no que tem sido mais valioso e importante em nossas vidas... para uma vida sem arrependimentos!! Para algumas pessoas o mais importante é o crescimento cognitvo, intelectual,(não que isso não seja importante), para outras, a questão financeira e o sucesso são tudo... O que de fato tem sido o mais importante? A Bíblia nos mostra nas palavras de Jesus que o Reino de Deus deve ser nossa prioridade: " Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e as demais coisas vos serão acrescentadas" Mt 6:33, a comunhão que temos com Deus em Cristo Jesus reflete em todos os aspectos de nossas vidas, na comunhão que temos com as outras pessoas e como usamos a vida que Ele nos deu para o louvor da sua glória.

Raquel Bezerra

Sobre o perdão I

"Sê como o sândalo que perfuma o machado que o fere." Provérbio chinês

Gosto muito desse provérbio, acho ele muito profundo no sentido metafórico de demonstração pacífica de amor, assim como nas palavras de Cristo que devemos amar nossos inimigos, abençoar a quem nos fere, orar por quem nos persegue, desafiando toda a lógica de nossos sentimentos humanos que seria racionalmente fazer o oposto, Fácil? Eu digo que não... não é nada fácil, é fácil amar quem nos quer bem, quem nos ama, há quem diga que é impossível amar quem nos prejudique, pois infelizmente o homem tem sido cada vez mais "machado" ferindo e machucando o próximo, e esse próximo por sua vez não é como o "sândalo" que perfuma (perdoa), mas como o Senhor perdoou as nossas ofensas devemos perdoar a quem nos ofende; Quem tem experimentado o perdão de Deus e compreendido a sua tamanha grandeza é compelido de igual forma a ter esse coração que perdoa (perfuma) a quem o fere.
E isso gera paz incalculável ao coração...

Raquel Bezerra

16 de jun. de 2010

A última crônica- Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Isac Newton

"O que conhecemos uma gota, o que ignoramos um oceano."

É isso aí... rsrs

"Nunca Desista do seu Sonho, Tente a Padaria Mais Próxima"

Trocadilho



Charles Chaplin

“Sem a minha mãe, acho que jamais me teria saído bem na mímica. Ela possuía a mímica mais notável que já vi. Por vezes, ficava durante horas à janela a olhar para a rua e reproduzindo com as mãos, os olhos e a expressão de sua fisionomia tudo o que se passava lá em baixo. E foi observando-a assim que eu aprendi não somente a traduzir as emoções com as minhas mãos e meu rosto, mas sobretudo a estudar o homem.”

“Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.”

Interessante


Ponha o mouse em cima da letra 'A' , dê um clic, e arraste-o até a letra 'O'. Observe o que acontece...


AINDA QUE NÃO POSSA VER , ..... DEUS ESTÁ CONTIGO.

Martinho Lutero


"Não se pode impedir que um pássaro voe sobre sua cabeça mas se pode impedir que faça ninho sobre ela."

14 de jun. de 2010

João Calvino Rm 8:13

"É certamente verdade que somos justificados em Cristo tão somente pela misericórdia divina, mas é igualmente verdade e correto que todos quantos são justificados são chamados pelo Senhor para que vivam uma vida digna de sua vocação. Portanto, que os crentes aprendam abraçá-lo, não somente para a justificação, mas também para a santificação, assim como ele se nos deu para ambos os propósitos, para que não venham a mutilá-lo com uma fé igualmente mutilada."

5 de jun. de 2010

E você?

Grupo de sapinhos reflexão

Era uma vez um grupo de sapinhos que organizou uma competição. O objetivo era alcançar o topo de uma das árvores mais altas da região.

Uma multidão se juntou para ver a corrida e animar os competidores. A competição começou, mas, sinceramente, ninguém realmente acreditava que sapinhos tão pequenos pudessem chegar ao topo daquela árvore.

Eles diziam coisas como: "Oh, é DIFÍCIL demais! Eles NUNCA vão chegar ao topo. Eles não tem NENHUMA chance de sucesso. A árvore é MUITO ALTA!"

E os sapinhos, ouvindo os comentários, começaram a temer a altura e desistiram, um por um. Só alguns foram um pouco mais alto.A multidão continuava a comentar: "É muito difícil! Ninguém vai conseguir!"

Por fim, todos desistiram, exceto um, que continuou a subir até o topo. E ganhou o prêmio que estava preparado.
 
Quando lhe perguntaram como ele conseguiu realizar tal proeza, não obtiveram nenhuma resposta, pois o sapinho campeão... era SURDO!!!!

A dor que dói mais- alguns fragmentos de Martha Medeiros

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã.[...]Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.[...]

PG Quem sou eu

Obrigado Jesus!

Obrigado Jesus!!!
Te amo meu Senhor! Te agradeço por tudo que tens feito em minha vida e por tudo que sei que irás continuar fazendo, te louvo por todos os milagres, vitórias, bençãos, pelas simples coisas onde tenho visto teu amor e cuidado para comigo, pela tua fidelidade... Obrigado Jesus...tu tens sido fiel e muito...
pela salvação, presente eterno, de escolha soberana tua, sem merecimento algum, obrigado pelo teu chamado, obrigado pela provisão, por tantos livramentos, pela graça sem par, pelos momentos que desfruto de comunhao contigo, obrigado pela família que o Senhor me deste, um tesouro incalculável... pelas pessoas maravilhosas que estão perto de mim, muito obrigado por caminhar comigo nas lutas, nos desertos, nos vales, pelo aperfeiçoamento de suas mãos, oleiro divino, no barro (minha vida) modelando-me, ensinando-me, obrigado Jesus por habitar dentro de mim fazendo morada através do Espírito Santo...Meu coração é sempre grato a ti pelas pequenas e grandes coisas que o Senhor tem feito por mim e assim como o Salmista digo: "Que darei ao Senhor por cada um de seus benefícios para comigo?" Salmos 116:12

Raquel Bezerra

4 de jun. de 2010

Martin Luther King Jr

"É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que nada fazer. Eu prefiro caminhar na chuva a, em dias tristes, me esconder em casa. Prefiro ser feliz, embora louco, a viver em conformidade. Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização. Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira. O ódio paralisa a vida; o amor a desata. O ódio confunde a vida; o amor a harmoniza. O ódio escurece a vida; o amor a ilumina. O amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo..."


Filme Antes que termine o dia - fragmento final

"Ian: Samantha, eu te amo desde o dia que te conheci, mas não me permiti sentir isso verdadeiramente até hoje... eu estava sempre um passo à frente, tomando decisões pra me livrar de medo. Mas hoje, pelo que aprendi com vc, cada escolha foi diferente e minha vida mudou completamente! Aprendi que quando se faz isso vive-se inteiramente... E não imorta se vc tem 5 minutos ou 50 anos... Samantha, se não fosse por hoje, ou por vc, eu nunca conheceria o amor... Então, obrigado por ser a mulher q me ensinou a amar, e ser amado!!"

Mulher do topo da árvore de Machado de assis

As melhores mulheres pertecem aos homens mais atrevidos. Mulheres são como maçãs em árvore. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles tem medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maças podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados. Elas tem que esperar um pouco para o homem certo chegar. Aquele que é valente o bastante pra escalar até o topo da árvore.

Cego na calçada - reflexão

Havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia:

-"Por favor,ajude-me, sou cego"

Um publicitário, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e o giz, e escreveu outro anúncio e foi embora.

Mais tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego. Agora,o seu boné estava cheio de moedas. O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, querendo saber o que havia escrito ali.

O publicitário disse:

- Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras"

Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube,mas seu novo cartaz dizia:

"Hoje é Primavera em Paris e eu não posso vê-la" (Derek Destito)

Eu aprendi, que tudo o que precisamos, é de uma mão para segurar e um coração para nos entender.

Cecília Meireles



"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; Há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam. Mas há pessoas que, simplesmente, aparecem em nossa vida... E que marcam para sempre..."

Pequeno príncipe - frases de Antoine de Saint-Exupéry

" Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."

" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Morre lentamente de Pablo Neruda


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"

Ser feliz de Fernando Pessoa

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.



Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se num autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo..."

Cora Coralina

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."



Artigo: "Blogs, twitter, orkut e outros buracos" Arnaldo Jabor

Não estou no “twitter”, não sei o que é o “twitter”, jamais entrarei neste terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 mil “seguidores” no “twitter”. Quem me pôs lá? Quem foi o canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser “celebridade” ou usamos esse anonimato irresponsável com nome dos outros. Tem gente que fala para mim: “Faz um blog, faz um blog!” Logo eu, que já sou um blog vivo, tagarelando na TV, rádio e jornais... Jamais farei um blog, este nome que parece um coaxar de sapo-boi. Quero o passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o gato do armazém dormindo no saco de batatas, quero o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos gemidinhos dos celulares incessantes.

Comunicar o quê? Ninguém tem nada a dizer. Olho as opiniões, as discussões “online” e só vejo besteira, frases de 140 caracteres para nada dizer. Vivemos a grande invasão dos lugares-comuns, dos uivos de medíocres ecoando asnices para ocultar sua solidão deprimente.

O que espanta é a velocidade da luz para a lentidão dos pensamentos, uma movimentação “em rede” para raciocínios lineares. A boa e velha burrice continua intocada, agora disfarçada pelo charme da rapidez. Antigamente, os burros eram humildes; se esgueiravam pelos cantos, ouvindo, amargurados, os inteligentes deitando falação. Agora não; é a revolução dos idiotas online.

Quero sossego, mas querem me expandir, esticar meus braços em tentáculos digitais, meus olhos no “google”, (“goggles” – olhos arregalados) em órbitas giratórias, querem que eu seja ubíquo, quando desejo caminhar na condição de pobre bicho bípede; não quero tudo saber, ao contrário, quero esquecer; sinto que estão criando desejos que não tenho, fomes que perdi. Estamos virando aparelhos; os homens andam como robôs, falam como microfones, ouvem como celulares, não sabemos se estamos com tesão ou se criam o tesão em nós. O Brasil está tonto, perdido entre tecnologias novas cercadas de miséria e estupidez por todos os lados. A tecnociência nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas vivas, chips, pílulas para tudo, enquanto a barbárie mais vagabunda corre solta no País, balas perdidas, jaquetas e tênis roubados, com a falsa esquerda sendo pautada pela mais sinistra direita que já tivemos, com o Jucá e o Calheiros botando o Chávez no Mercosul para “talibanizar” de vez a América Latina. Temos de ‘funcionar’ – não viver. Somos carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa. Assistimos a chacinas diárias do tráfico entre chips e “websites”.

O leitor perguntará: “Por que este ódio todo, bom Jabor?” Claro que acho a revolução digital a coisa mais importante dos séculos. Mas estou com raiva por causa dos textos apócrifos que continuam enfiando na internet com meu nome.

Já reclamei aqui desses textos, mas tenho de me repetir. Todo dia surge uma nova besteira, com dezenas de e-mails me elogiando pelo que eu “não” fiz. Vou indo pela rua e três senhoras me abordam – “Teu artigo na internet é genial! Principalmente quando você escreve: ‘As mulheres são tão cheirosinhas; elas fazem biquinho e deitam no teu ombro...’”

“Não fui eu...”, respondo. Elas não ouvem e continuam: “Modéstia sua! Finalmente alguém diz a verdade sobre as mulheres! Mandei isso para mil amigas! Adoraram aquela parte: ‘Tenho horror à mulher perfeitinha. Acho ótimo celulite...’” Repito que não é meu, mas elas (em geral barangas) replicam: “Ah... É teu melhor texto...” – e vão embora, rebolando, felizes.

Sei que a internet democratiza, dando acesso a todos para se expressar. Mas a democracia também libera a idiotia. Deviam inventar um “antispam” para bobagens.

Vejam mais o que “eu” escrevi: “As mulheres de hoje lutam para ser magrinhas. Elas têm horror de qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba!”... Luto dia e noite contra cacófatos e jamais escreveria “cós acaba!”. Mas, para todos os efeitos, fui eu. Na internet eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: “Finalmente, ele se encontrou...”)

Vejam as banalidades que me atribuem:

“Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!”

Ou: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!”

Ainda sobre a mulher: “São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.”

Há um texto bem gay sobre os gaúchos, há mais de um ano. Fui “eu”, a mula virtual, quem escreveu tudo isso. E não adianta desmentir.

Esta semana descobri mais. Há um texto rolando (e sendo elogiado) sobre “ninguém ama uma pessoa pelas qualidades que ela tem” ou outro em que louvo a estupidez, chamado “Seja Idiota!”...

Mas o pior são artigos escritos por inimigos covardes para me sujar. Há um texto de extrema direita, boçal, xingando os brasileiros, onde há coisas como: “Brasileiro é babaca. Elege para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari. Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada, não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como ‘aviãozinho’ do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora... O brasileiro merece! É igual a mulher de malandro – gosta de apanhar...”

E o pior é que muita gente me cumprimenta pela “coragem” de ter escrito esta sordidez.
Ou seja: admiram-me pelo que eu teria de pior; sou amado pelo que não escrevi. Na internet, eu sou machista, gay, idiota, corno e fascista. É bonito isso?